Uma operação integrada entre forças de segurança usou explosivos para destruir rotas e portos clandestinos usados por quadrilhas às margens do Lago de Itaipu em Guaíra, no oeste do Paraná. O objetivo é combater o tráfico e o contrabando na região da fronteira com o Paraguai.
Em dois dias, foram 12 pontos anulados por uma força tarefa envolvendo a Polícia Federal (PF), a Polícia Civil (PC) e também a Polícia Militar (PM).
As bombas são colocadas em buracos na terra e acionadas por fogo - sem risco no transporte e no armazenamento. Quando explodem, criam crateras que impedem a passagem de veículos, por exemplo.
"Chegamos no 100% da nossa operação, que é dificultar a passagem. Aqui não tem mais jeito deles passarem, depois das crateras feitas, pra eles poderem acessar o lago e trazer contrabando do Paraguai e outras cidades" , explicou o especialista em explosivos Luércio Turra, do Grupo Tigre da Polícia Civil.
A operação começa já na identificação e monitoramento de grupos criminosos. Um desafio que só no Paraná soma mais de 1.500 quilômetros de margem entre Guaíra e Foz do Iguaçu.
Nesta edição, a nona edição da Operação Importunos, um porto clandestino destruído no ano passado voltou a ser alvo das forças de segurança.
"A gente destruiu essa rota clandestina no ano passado. Aí eles abriram bem do lado fazaendo um desvio, e esse ano a gente vai destruir novamente. O trabalho é esse aí, monitorar a movimentação, a logística e restringir o acesso" explicou Cristiano Garolofo, chefe do Núcleo Especial de Polícia Marítima da PF (Nepom).
Segundo o delegado-chefe da PF, Pedro Turin, a ação faz parte de um plano estratégico ainda maior que leva a outras operações.
A ideia é que dificultar a logística das organizações criminosas, enquanto facilita o mapeamento desses grupos pelas forças policiais.
Além das bombas, a operação também conta com o uso de escavadeiras para destruir os locais clandestinos, como uma ligação de um porto com uma estrada rural.
São por essas rotas que armas, drogas e contrabando de produtos viajam para outros lugares do Brasil.
"Pra gente conseguir chegar nesses locais com rapidez, já tendo informação que é um ponto muito crucial pro processo da missão, é demorado. Então muitas vezes o trabalho tem que ser de já estar in loco nos locais. O patrulhamento tem que ser continuo no local mesmo, no meio da mata", ressaltou Voltolini, do Batalhão de Polícia de Fronteira da PM.
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