Uma menina de apenas 3 anos, assassinada em Indaial, no Vale do Itajaí, "morreu de tanto apanhar", segundo o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel. A mãe e o padrasto da vítima foram presos após confessaram que agrediram e enterraram a menina.
O crime aconteceu na manhã de segunda-feira (4). Após as agressões, ao perceberem que Isabelle de Freitas estava morta, o casal a colocou em uma mala e a levou até uma área de mata, conforme divulgou a Polícia Civil. O corpo foi encontrado na quarta.
A menina estava desaparecida desde segunda, quando o casal relatou que a vítima havia sido sequestrada. No entanto, a polícia descobriu que os depoimentos do casal eram controversos:
"Muitas controvérsias. Percebemos que tinha uma narrativa, uma versão criada, uma versão que, pela nossa experiência, seria uma versão que eles teriam já construído, criado essa narrativa e, consequentemente, trouxeram para a delegacia", disse o investigador.
Um vídeo (assista abaixo), divulgado pela Polícia Civil, mostra o casal andando em uma rua da cidade por volta das 16h de segunda. As imagens foram feitas após a mãe e o padrasto terem matado a criança e levarem o corpo dela dentro da mala até uma área de mata. Na volta, deixaram o objeto na calçada.
Vizinhos ouviram brigas na casa
O delegado afirma que as histórias contadas por eles pareciam bastante ensaiadas. Ao ouvir os relatos de vizinhos, veio a informação de que na manhã de segunda (4) houve uma briga na residência.
De imediato a situação levantou suspeita. Um homem que se apresentou como missionário de igreja e mora com a família há duas semanas disse ter ouvido os choros da criança, mas afirmou não ter visto o que ocorreu de fato. A polícia, em princípio, descarta o envolvimento dele no crime.
O padrasto confessou ter iniciado o ataque e depois a mulher teria participado também. Ela negou ter agredido a criança. Entretanto, ao se darem conta da morte da menina, combinaram a história de suposto sequestro para tentar despistar a polícia.
Chegaram a chamar um carro de aplicativo durante a tarde para que o veículo aparecesse na rua e os vizinhos vissem. Isso, para a dupla, sustentaria a tese de sequestrado.
Entretanto, os agentes encontraram o motorista de aplicativo. O homem contou ter recebido um pedido de corrida para o endereço da família, foi ao local e esperou por cerca de cinco minutos. Mas como ninguém apareceu, ele desistiu do chamado.
Ao longo daquela tarde, os vizinhos relatam que o casal foi nas casas perguntando se alguém tinha visto a pequena, para tentar simular uma preocupação.
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