A falta de chuvas em Mercedes tem gerado grande preocupação entre os moradores e autoridades locais. Até o final de novembro deste ano, o município registrou apenas 846 milímetros de chuva, o que representa menos da metade da média dos últimos três anos, que é de 1.710 milímetros.
Essas condições climáticas adversas não afetam apenas a agricultura, que é a principal força econômica do município, mas também levantam um alerta para o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae). O órgão está monitorando a diminuição do volume de água nas captações do município, o que pode afetar o abastecimento.
“Só não estamos enfrentando racionamento de água em Mercedes porque, no início deste ano, foi perfurado um novo poço artesiano. Porém, a quantidade de chuvas é tão baixa que até mesmo a vazão desse poço está diminuindo”, afirma Jacson Lucian, Secretário de Viação, Obras e Serviços Urbanos.
Os dados apresentados pelo relatório da Agrícola Horizonte são preocupantes. Em 2024, o volume de chuvas alcançou apenas 49,5% da média dos últimos anos, contrastando com os totais de 1.316 mm, 2.091 mm e 1.797 mm registrados nos anos anteriores (2021, 2022 e 2023, respectivamente).
Entretanto, em municípios vizinhos como Pato Bragado, o racionamento de água já é uma realidade. Jacson ressalta a importância da mobilização da população para evitar uma crise ainda maior: "Se não houver colaboração de todos os consumidores, o racionamento no abastecimento será significativo. Estamos lidando com uma corrente de fatores que afetam a agricultura, impactam a economia e, consequentemente, nossos reservatórios não estão abastecidos".
Nesse cenário desafiador, o consumo consciente de água se torna uma necessidade urgente. Medidas simples, como a instalação de cisternas, a proibição do uso de água potável para lavagem de carros e a suspensão da privacidade de gramados, podem contribuir significativamente para a mitigação da seca.
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