Nesta sexta-feira (11), o Município de Guaíra, via Conselho Tutelar, divulgou uma ação realizada nos últimos meses para atender mulher e 3 crianças brasileiras em cárcere privado no Paraguai.
Conforme o conselheiro Andre Marchi, os agentes do conselho em Guaíra receberam uma denúncia no WhatsApp, referente ao possível cárcere privado de uma mulher e suas 3 filhas brasileiras, em uma fazenda na cidade de Katueté/PY. O autor do cárcere seria o marido da vítima. Na denúncia ainda havia áudios e vídeos com pedidos de socorro da vítima, além de localização da fazenda e outras informações.
"A mulher nos informou que queria retornar ao Brasil, junto às filhas, mas era impedida pelo marido e os familiares. Ela era impedida de sair da fazenda, onde tentou, mas sem sucesso. Relatou ainda que era vítima de agressão física, psicológica e verbal, e que não conseguia acionar as autoridades locais", complementa Andre.
A família da vítima residente em Quedas do Iguaçu/PR auxiliou a mesma a contatar o Conselho de Guaíra e dar andamento na demanda de assistência.
Após averiguações no sistema, os agentes constataram que a vítima já havia registrado anteriormente 2 boletins de ocorrência no Brasil, contra o marido, por violência doméstica.
Os conselheiros mobilizaram as autoridades cabíveis, tanto do Brasil quanto do Paraguai, para dar andamento no pedido de socorro. "Entramos em contato com o Consulado Brasileiro em Salto Del Guairá/PY, a Polícia Federal e o Poder Judiciário do Brasil. O Consulado, por sua vez, acionou as equipes de segurança pública e a defensoria da mulher no Paraguai, onde puderam ir até o endereço repassado na denúncia", informa Andre.
Após constatado as irregularidades, o autor do crime foi detido pelas autoridades paraguaias. A mulher e as filhas foram resgatadas e encaminhadas ao serviço de proteção, onde serão assistidas pela defensoria pública paraguaia e pelo consulado brasileiro. "Ao que tudo indica, já na próxima semana elas estarão em solo brasileiro", finaliza Andre.
Keila Marta, secretária de Assistência Social, reforça que casos como este não são isolados, e devem ser duramente combatidos. "Parabéns ao Conselho Tutelar de Guaíra e os demais envolvidos na ação. Agora, as vítimas terão seus direitos resguardados", salienta Keila.
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