A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (16/5), a Operação Bellus Fictus, com o objetivo de reprimir a importação de medicamentos de procedência ignorada e que eram utilizados em procedimentos estéticos de harmonização orofacial.
A ação foi deflagrada no Paraná e no Mato Grosso do Sul, onde foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão deferidos pela Justiça Federal.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, foi constatado um esquema criminoso de compra e venda de toxinas botulínicas (botox) adquiridas no Paraguai, produtos que eram utilizados pelas investigadas em consultórios odontológicos situados nas cidades sul-mato-grossenses de Naviraí e Mundo Novo e nas cidades paranaenses de Guaíra e Santa Helena.
A operação recebeu a denominação em latim Bellus Fictus, que em sua tradução significa “beleza fictícia”, em razão das vítimas acreditarem que estavam sendo utilizados medicamentos certificados nos procedimentos estéticos, quando, na verdade, a origem dos produtos era desconhecida até mesmo pelos revendedores paraguaios.
A presidente do Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso do Sul (CRO-MS) Silvânia Silvestre, disse que acompanhará o caso e fez um alerta.
"É muito importante que as pessoas que procuram esses tratamentos, não procurem por valores, por preços mais baixos, a pessoa acha que é uma vantagem estar economizando com aquele tratamento e não é por aí, os profissionais que fazem esses tratamentos muito abaixo, podem estar usando produtos contrabandeados, sem registro na Anvisa. Então você não sabe o que está sendo aplicado, é um procedimento de saúde, é preciso cuidado, conferir se a empresa tem registro e se o profissional tem registro", afirmou a presidente do CRO-MS.
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